domingo, 28 de março de 2010

A síndrome das 18h

Segundo o Benjamin, está apaixonado - e não ser correspondido - é sentir um desconforto, um sentimento de inadequação no mundo. Nenhum lugar ou pessoa parece ter ou fazer sentido. As pessoas mais interessantes e agradáveis tornam-se entediantes e cansativas. Ele falou da síndrome das 18h. Quando o final do dia se aproxima, tudo ficar pior. O peso no peito se transforma numa sensação de que se está sendo estrangulado. (rsrsrs...achei essa parte muito dramática).
Eu falei pra ele que eu tenho uma teoria sobre o amor, que aprendi com minha avó, que diz o seguinte: "na vida, tudo o que fazemos vai sendo somado. Soma. Todas as pessoas que conhecemos têm um papel a desempenhar em nossas vidas. Todo o amor que recebemos é contabilizado ( sem termos consciência disso) cuidadosamente. Ela dizia que jamais poderíamos desprezar/ignorar alguém que nos ama. Ainda que não possamos retribuir o amor na mesma intensidade ou forma como o outro quer, nós não podemos fazer pouco caso dele. Pois na contabilidade geral da nossa vida, esse amor rejeitado fará falta de alguma maneira. Segundo ela, amor não se rejeita, não podemos e nem temos o direito de repelir um sentimento tão nobre". Eu acredito muito, muito, nessas palavras. Sei que pode soar piegas ou juvenil demais, mas eu acredito, sinceramente, que amor nunca é demais.
O meu amigo ouviu atentamente o que lhe falei e depois me perguntou se o que ele tava sentindo ia demorar a passar...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Amor é fogo que arde sem se ver

Eu gosto de escrever. É como se fosse o meu labirinto, o meu refúgio num mundo cada vez mais exibicionista. Não tenho um estilo e, sinceramente, não acho que escrevo bem. Mas me dá um alívio cada vez que eu consigo dividir com o papel a minha maneira de sentir o mundo e as pessoas. E é sobre sentir as pessoas que eu quero falar neste post.
Eu tenho um amigo que acha o mundo e as pessoas incríveis, mas tão incríveis, que às vezes ele pensa que vai ter uma overdose de vida. É como se, pra ele, o mundo fosse a cada dia uma novidade, um universo inscandescente e os seus habitantes fossem de um fascínio avassalador. Ele está certo? Está errado? Vai saber.
Vou usar aqui um codinome para esse meu amigo por questões óbvias. Vamos chamá-lo de Benjamin.
Nunca mais tinha ouvido falar dele desde a época da escola. Semana passada nos encontramos por acaso e conversamos sobre como o tempo passou, como nós mudamos e como algumas coisas nunca mudam. Benjamin disse, do nada, que estava apaixonado. Como se num momento de distração ele tivesse pensado em voz alta. E durante duas horas ele discorreu, livre de todas as amarras que a fala nos impõe, sobre "esse fogo que arde sem se ver". Esse post terá continuação...